A trajetória da companhia acompanha o desenvolvimento de São Paulo. Em 1899, um grupo de empresários canandeses funda a The São Paulo Railway, Light Power Company Limited. e que no mesmo ano foi autorizada a atuar no Brasil.
Em 1904, o grupo canadense fundou a The Rio de Janeiro Tramway, Light and Power Co. Ltda. A partir de 1923, as empresas passaram a ser controladas pela holding Brazilian Traction Light and Power Co. Ltda. O grupo reestruturou-se em 1956, tendo por base a Brascan Limited.
Em 1979, o governo brasileiro, por meio da Eletrobrás, comprou da Brascan o controle acionário da então Light-Serviços de Eletricidade S.A.
Em 1981, a empresa passou às mãos do governo paulista e mudou seu nome para Eletropaulo - Eletricidade de São Paulo S.A.
Com o programa de privatização, lançado em 1995, a Eletropaulo foi reestruturada, dando origem a quatro empresas: as distribuidoras Eletropaulo Metropolitana - Eletricidade de São Paulo S.A e EBE - Empresa Bandeirante de Energia S.A; a companhia de transmissão EPTE - Empresa Paulista de Transmissão de Energia Elétrica S.A (atual CTEEP) e a geradora EMAE - Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A.
Com a cisão, coube à Eletropaulo Metropolitana a distribuição de energia elétrica aos 24 municípios da Grande São Paulo. Em 1998, a empresa foi adquirida em leilão de privatização pela Lightgás, com participação de capital entre AES e os grupos Electricité de France (EDF), Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e Reliant Energy. Em 2001, em uma nova composição acionária, passou a ser controlada apenas pela AES Corporation, uma das maiores companhias de energia do mundo.
Em dezembro de 2003, a AES e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) concluíram a reestruturação das dívidas das empresas controladoras da Eletropaulo - AES Elpa e a AES Transgás - junto ao BNDES, que se tornou sócio da AES no capital da Eletropaulo, por meio da criação da holding Brasiliana de Energia S.A. A AES passou a deter 50% mais uma ação do capital votante da Brasiliana e o BNDES 50% menos uma ação. A Brasiliana, por sua vez, mantém a participação na Eletropaulo, anteriormente detida pela AES.
Foi realizada em 25 de setembro de 2006 uma oferta secundária de 15.829.189.000 ações preferenciais classe B (PNBs) da Eletropaulo detidas pela AES Transgás Empreendimentos S.A. ao preço R$ 85,00/’000 ações. Com os recursos captados, após o exercício integral do lote suplementar de ações (green shoe), foi realizado o pré-pagamento de R$ 1.289.175.618,64 referentes ao saldo atualizado das debêntures da Brasiliana Energia S.A. junto ao BNDES em 02 de outubro de 2006.
Em 8 de fevereiro de 2008, foi aprovada em Assembléia Geral Extraordinária (AGE), após a anuência da Agencia Nacional de Energia Elétrica - Aneel, proposta de grupamento da totalidade das ações emitidas pela Companhia. A Eletropaulo, desta forma, adequou a negociação de ações de emissão da Companhia às orientações da BM&FBovespa com relação a esse assunto.
A partir de 1 de abril de 2008, as ações foram grupadas na proporção de 250 (duzentas e cinqüenta) ações existentes para 1 (uma) ação da mesma espécie. Após a conclusão do grupamento, as ações da Companhia passaram a ser negociadas somente pela cotação unitária. Simultaneamente à operação de grupamento, a Companhia realizou o desdobramento de ADRs de modo que para cada 1 ADR foi atribuído 1 ADR adicional. Desta forma, cada detentor de ADR passou a deter, após a alteração e o grupamento de ações, 2 (dois) ADRs representando, cada um, 1 (uma) ação de emissão da Companhia após o grupamento.
Em Assembléia Geral Extraordinária realizada em 20 de dezembro de 2010, foi aprovada a conversão das ações preferenciais classe A em ações preferenciais classe B. Com isso, a Companhia reforça o compromisso com as boas práticas de Governança Corporativa, conferindo a todas as ações preferenciais o direito de tag along de 100%, além de promover o aumento da liquidez das antigas ações preferenciais classe A.
A partir de 21 de dezembro de 2010, as ações preferências da Companhia passaram a ser negociadas na BM&F Bovespa sob código unificado (ticker) ELPL4. Desta forma, deixaram de existir os tickers ELPL5 e ELPL6 na mesma data. Considera-se, portanto, o histórico da ELPL6 como da ação preferencial ELPL4.
Em dezembro de 2015, uma reestruturação societária envolvendo sua controladora Companhia Brasiliana de Energia S.A. foi concluída e a partir de 1 de janeiro de 2016, a Eletropaulo passou a ser controlada pela Brasiliana Participação S.A. por meio de sua participação direta e indireta (por meio da AES Elpa S.A.).
Em novembro de 2017, a Companhia concluiu a migração para o Novo Mercado, o mais alto nível de governança corporativa da B3, passando a deter apenas ações ordinárias (ELPL3). Neste mesmo ano, o programa de ADRs da Companhia foi encerrado.
Em abril de 2018 iniciou-se o processo de Oferta Pública de Aquisição de Ações da Eletropaulo, incluindo as Companhias Energisa S.A, Neoenergia S.A e Enel Brasil Investimentos Sudeste S.A.
No dia 4 de junho de 2018, foi concluído o leilão para aquisição de controle da Eletropaulo, no qual o Grupo Enel, através Enel Brasil Investimentos Sudeste S.A. adquiriu ao preço de R$45,22 por ação, 122.799.289 ações ordinárias, representativas de, aproximadamente, 73,4% do capital total e votante da Companhia, incluindo as ações em tesouraria. Durante o período de venda das ações remanescentes, 33.359.292 ações foram também adquiridas pela Enel, que então passou a deter, desde o dia 13 de julho de 2018, data de liquidação do último lote de ações adquiridos, 93,3% do capital da Companhia.
Em 19 de setembro de 2018, foi homologado pelo Conselho de Administração da Companhia, o processo de Aumento de Capital, por meio do qual a Enel passou a deter 189.323.545 ações ordinárias, nominativas, escriturais e sem valor nominal, o que corresponde a 94,4% do capital total e votante da Companhia.
A partir de 03 de dezembro de 2018, a Companhia passa a se chamar Enel Distribuição São Paulo.
Em 06 de novembro de 2019, foi aprovada a operação de incorporação reversa da Companhia com sua então controladora direta, a Enel Brasil Investimentos Sudeste S.A. (“Enel Sudeste”). A operação consistiu na incorporação, pela Companhia, da totalidade do patrimônio líquido da Enel Sudeste, a valor contábil. Como consequência desta Incorporação, a Companhia sucedeu a Enel Sudeste a título universal em todos os seus direitos e obrigações, passando a totalidade dos seus ativos e passivos para o patrimônio da Companhia. Ainda, a então controladora indireta da Companhia, Enel Brasil S.A., recebeu em substituição às ações de emissão da Enel Sudeste, ações de emissão da Eletropaulo na mesma quantidade e da mesma classe e espécie das ações detidas pela Enel Sudeste.
Em 21 de novembro de 2019, foi realizado o leilão da Oferta Pública de Aquisição para cancelamento do registro de companhia aberta da Eletropaulo perante a CVM sob a categoria “A” e conversão para categoria “B”.
Como resultado do Leilão: (i) a Enel Brasil S.A. adquiriu 2.959.302 ações ordinárias de emissão da Companhia, representativas de 1,48% do seu capital social total; e (ii) remanesceram em circulação 5.174.050 ações ordinárias de emissão da Eletropaulo, representativas de 2,58% do seu capital social total. As ações foram adquiridas pelo preço unitário de R$ 49,39, totalizando o valor de R$ 146.159.925,78. Após a conversão, as ações da Companhia passaram a não ser mais admitidas à negociação em mercados regulamentados de valores mobiliários. Em 28 de novembro de 2019, a Companhia e a Enel Brasil celebraram o Termo de Adiantamento para Futuro Aumento de Capital (“AFAC”) no montante de R$ 256.038.513,00, referente à operação de resgate compulsório. O aumento de capital ocorreu mediante a capitalização de créditos do AFAC e emissão por subscrição privada de 5.184.015 novas ações, ao preço de emissão de R$ 49,39 por ação. Desta forma, o capital social da Companhia passou a ser de R$ 3.079.524.934,33, dividido em 197.466.862 ações ordinárias, todas nominativas, escriturais e sem valor nominal.
No dia 30 de dezembro de 2019, foi aprovado em Assembleia Geral Extraordinária o cancelamento das 3.058.154 ações ordinárias de emissão da Companhia mantidas em tesouraria e a Enel passou a deter 197.466.862 ações ordinárias de emissão da Companhia.